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“Poluição de plástico nos oceanos do mundo”
Os oceanos do mundo estão poluídos por uma “poluição de plástico” composta por cerca de 171 trilhões de partículas de plástico que, se reunidas, pesariam cerca de 2,3 milhões de toneladas.
Eles descobriram um aumento “rápido e sem precedentes” na poluição plástica oceânica desde 2005, de acordo com o estudo publicado na na revista PLOS ONE.
Sem uma ação política urgente, a taxa na qual os plásticos entram nos oceanos pode aumentar cerca de 2,6 vezes entre agora e 2040, segundo o estudo.
A produção de plástico disparou nas últimas décadas, especialmente plásticos de uso único, e os sistemas de gerenciamento de resíduos não acompanharam o ritmo.
Apenas cerca de 9% dos plásticos globais são reciclados a cada ano.
Grandes quantidades desse lixo plástico acabam nos oceanos.
A maioria vem de terra, arrastada para os rios – pela chuva, vento, transbordamento de bueiros e lixo – e transportada para o mar.
Uma quantidade menor, mas ainda significativa, como equipamentos de pesca, é perdida ou simplesmente despejada no oceano.
Uma vez que o plástico chega ao oceano, ele não se decompõe, mas tende a se decompor em pedaços minúsculos.
Essas partículas “realmente não são facilmente limpas, estamos presos a elas”.
A vida marinha pode se emaranhar em plástico ou confundi-lo com comida.
O plástico também pode liberar produtos químicos tóxicos na água.
E não é apenas um desastre ambiental, o plástico também é um grande problema climático.
Os combustíveis fósseis são o ingrediente bruto para a maioria dos plásticos e produzem poluição que aquece o planeta durante todo o seu ciclo de vida – desde a produção até o descarte.
Descobrir exatamente quanto plástico há no oceano é um exercício difícil.
“O oceano é um lugar complexo. Existem muitas correntes oceânicas, há mudanças ao longo do tempo devido ao clima e às condições do solo”.
Os pesquisadores passaram anos analisando artigos revisados por pares, bem como descobertas inéditas de outros cientistas,
para tentar reunir o registro mais extenso possível – tanto em termos de cronograma quanto de geografia.
A maioria das amostras do estudo foi coletada no Pacífico Norte e no Atlântico Norte, onde existe a maioria dos dados.
Os autores do estudo dizem que ainda são necessários mais dados para áreas como
o Mar Mediterrâneo, o Oceano Índico, o Atlântico Sul, e o Pacífico Sul.
“Esta pesquisa abriu meus olhos para o quão desafiador é medir e caracterizar o plástico no oceano,
e ressalta a necessidade de soluções reais para o problema”, Win Cowger, cientista pesquisador do Moore Institute for Plastic Pollution Research na Califórnia e autor do estudo,
disse em comunicado.
Desde a década de 1970, houve uma série de acordos destinados a conter a maré de poluição plástica que atinge o oceano, mas eles são em sua maioria voluntários, fragmentados e raramente incluem metas mensuráveis, observou o estudo.
Os autores do estudo pedem uma intervenção política internacional urgente.