Gal – Profana – Forró – Marchinhas de Carnaval.

Há 40 anos, em novembro de 1984, a Gal Costa lançava Profana – 14º. álbum de estúdio da artista baiana.

Em 1984, enquanto o Brasil passava por uma efervescência política, Gal Costa decidiu mudar de gravadora após 17 anos com a Philips, assinando com a RCA.

O primeiro álbum da artista com o novo selo teve concepções ousadas: lançado com o provocativo título de Profana, o trabalho constituiu-se de uma heterogeneidade de gêneros, incluindo desde forró, marchinhas de carnaval e baladas tipicamente oitentistas, com destaque para algumas canções de versos difíceis e quase incompreensíveis, embebedecidas por um pop sedutor.

A produção de Profana ficou a cargo de Mariozinho Rocha, enquanto Luiz Gonzaga participa da canção “Tem Pouca Diferença”.

Na capa do álbum, Gal Costa aparece quase histriônica, de pele branca e lábios vermelhos.

Para promover o disco, a artista surgiu de cabelos curtos, vestido vermelho justo e brilhante no programa Fantástico, da Rede Globo de televisão, interpretando um dos carros chefes da obra, “Vaca Profana”, escrita por Caetano Veloso, na qual Gal interpreta os versos “derrama o leite bom na minha cara / e o leite mau na cara dos caretas”, tudo isso em meio a guitarras new wave.

O grande hit do álbum, porém, foi “Chuva de Prata”, gravada ao lado da banda Roupa Nova, que fez um sucesso estrondoso e alavancou as vendas de Profana, chegando a 1,5 milhão de cópias comercializadas.